Atuando discretamente apenas com a marca Paulista, a Danone coloca agora seu nome no creme de leite que chega aos supermercados essa semana. A meta é conquistar 10% de market share com as marcas Danone e Paulista até o fim de 2003.
Apesar de o creme de leite não fazer parte do foco de negócios da Danone no exterior, sobram razões para a filial brasileira investir. Segundo a diretora de assuntos corporativos da Danone, Sandra Reitjens, a empresa pretende aproveitar o crescimento do mercado no Brasil, utilizar melhor a capacidade de produção da linha UHT e se distanciar da guerra de preços.
O mercado brasileiro de creme de leite movimenta 67 mil toneladas por ano, ou US$ 150 milhões. No primeiro semestre de 2002, as vendas aumentaram 16%, conforme a AC Nielsen.
O creme de leite com a marca Danone custará 10% a mais que o produto Paulista. Assim, estará em linha com os preços praticados pela Nestlé e distante da concorrência, que ficou mais acirrada com a compra da Glória pela Parmalat.
O novo produto sai apenas em embalagem Tetra Pak, que representa 50% das vendas do segmento no país, e será trabalhado apenas nos pontos-de-venda. Os recursos seguem concentrados em refrigerados, antiga disputa entre Nestlé e Danone, onde serão investidos R$ 30 milhões em marketing este ano.
A Danone também completa essa semana o ciclo de 16 lançamentos, previsto para o ano em refrigerados, com quatro novos produtos, todos a base de chocolate com morango. São dois itens da linha diet Corpus e novos Danup e Danoninho. Segundo a ACNielsen, a Danone possuía 36,5% de market share em refrigerados em agosto/setembro, contra 29,2% da Nestlé.
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